Aonde você for eu irei, e onde você ficar eu ficarei. Seu povo será meu povo e seu Deus meu Deus.
Rute 1:16
HISTÓRIA DE RUTE INÍCIO TRÁGICO (PARTE 1 DE 8)
Rute se viu em uma situação difícil em Moabe quando seu marido Malom morreu após dez anos de casamento. Dizer que ela estava pobre é o mínimo sobre a situação. As mulheres nos tempos antigos não tinham emprego, mas dependiam inteiramente dos homens em suas vidas para obter apoio financeiro. Como uma viúva sem filhos, Rute não tinha ninguém para apoiá-la, mas tinha que contar com a generosidade de estranhos se não houvesse membros da família para fazê-lo. Ela estava entre as classes mais baixas e desfavorecidas do mundo antigo.
Rute se aliou a alguém que estava em situação ainda pior – sua sogra Noemi. Desde a morte de seu marido e dois filhos, Noemi também ficou viúva sem filhos. Ela não tinha família em que confiar em Moabe e já havia passado da idade marital. Noemi estava em uma situação desesperadora e lamentável e determinada a retornar ao seu país natal, Israel. Rute mostrou sua feroz lealdade e amor ao se recusar a deixar sua sogra sozinha em uma situação tão terrível.
NUNCA DIGA ADEUS (PARTE 2 DE 8)
Rute poderia ter ficado em seu próprio país de Moabe, com sua família para apoio. Ela era jovem o suficiente para se casar novamente e poderia ter ganhado alguma estabilidade financeira dessa forma, mas ela estava determinada a ajudar Noemi, mesmo ao custo de perder seu próprio país, amigos, família, cultura e deuses.
Rute deu um dos maiores discursos sobre lealdade e amor quando disse a Noemi: “Não me peça para deixá-la ou para me afastar de você. Aonde você for, eu irei, e onde você ficar, eu ficarei. Seu povo será meu povo e seu Deus meu Deus. Onde tu morreres, eu morrerei, e lá serei enterrada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.” Rute 1:16
QUEBRA (PARTE 3 DE 8)
Rute e Noemi foram para Belém, a cidade natal de Noemi em Israel. Chegaram no início da colheita da cevada. Como viúvas em extrema pobreza, elas dependiam da generosidade de outras pessoas para se alimentar. Rute se encarregou de colher campos.
Levítico 19: 9-10 registra que os fazendeiros em Israel foram instruídos a deixar uma parte de sua colheita sem colher. Se um feixe de grãos caísse, eles deveriam deixá-lo no chão para os pobres coletarem ou respigarem. Rute foi respigar no campo de Boaz, que por acaso era parente de Noemi. A colheita, especialmente a respiga, era quente, empoeirada e cansativa, mas Rute trabalhou tão bem desde o nascer do sol até o pôr do sol que o supervisor a notou.
CAMPO DE RESPIGAGEM (PARTE 4 DE 8)
Um dia, enquanto Boaz estava verificando seu campo, ele também notou Rute. O capataz elogiou-a a ele. Boaz demonstrou extraordinária bondade para com Rute. Ele prometeu segurança a ela, deixou que ela bebesse água dos potes de seus trabalhadores, forneceu-lhe o almoço, deixou que ela se reunisse entre os feixes e até deixou instruções para que os grãos extras fossem deliberadamente deixados no chão para ela colher. Tudo isso porque Boaz tinha ouvido falar da devoção e lealdade de Rute a Noemi. Por meio do trabalho árduo de Rute e da generosidade de Boaz, ela conseguiu trazer para casa uma cesta cheia de grãos, que forneceria comida mais do que suficiente para vários dias.
Boaz era o guardião redentor de Noemi, um termo legal para quem era obrigado a cuidar de um parente em sérias dificuldades. O costume exigia que um guardião redentor assumisse a responsabilidade de garantir que o nome da família continuasse ao se casar com uma viúva sem filhos
CASAMENTO (PARTE 5 DE 8)
Noemi sabia que Rute seria mais bem cuidada se ela fosse casada, então ela sugeriu que Rute se oferecesse a Boaz. Porque Boaz era o reconhecido guardião-redentor da família de Elimeleque (o falecido marido de Noemi e sogro de Rute), Rute poderia legitimamente apelar para que ele se casasse com ela a fim de salvaguardar a posteridade de Elimeleque.
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Noemi disse a Rute como apresentar sua petição de casamento a Boaz. No final da colheita, Boaz iria debulhar sua colheita. Não era incomum que ladrões tentassem roubar a colheita, e Noemi sabia que Boaz dormiria na eira para guardar seus grãos. Ela disse a Rute para ir para a eira, mas não se mostrar a Boaz até que ele terminasse de comer e beber.
AMOR AOS PÉS (PARTE 6 DE 8)
Noemi disse a Rute para anotar onde Boaz dormia e para descobrir e se deitar aos pés dele. Na cultura da época, esse ato era entendido como de total submissão.
À meia-noite Boaz acordou, surpreso ao descobrir uma mulher deitada a seus pés. Rute apresentou seu pedido com humildade, dizendo que ela era sua serva, mas também foi ousada (mas não inadequada!) Ao pedir a Boaz que a casasse: “Eu sou sua serva Rute”, disse ela. “Espalha o canto da tua roupa sobre mim, já que és um guardião-Redentor da nossa família.” A frase “espalha o canto da tua roupa por cima de mim” foi uma forma culturalmente relevante de dizer: sou uma viúva, toma-me como tua esposa.
Atraído por seu caráter virtuoso, Boaz concordou prontamente, mas ainda havia mais um obstáculo a superar.
TUDO É RELATIVO (PARTE 7 DE 8)
Boaz era um guardião-Redentor de Noemi e Rute, mas havia um membro da família que era um parente ainda mais próximo. Boaz não poderia exercer seu direito de se casar com Rute a menos que este parente concordasse em abdicar de seus direitos em relação a Rute.
Naquele mesmo dia Boaz foi à porta da cidade, reuniu dez testemunhas e encontrou o homem em questão. Inicialmente, o parente concordou em comprar de volta uma parcela de terra que pertencia ao marido de Noemi. Tudo parecia perdido até que Boaz o lembrou que, além de comprar de volta a terra, ele também deveria se casar com Rute e ter filhos para que o sobrenome de Elimeleque não fosse perdido. O homem logo mudou de ideia porque não queria colocar em risco sua própria herança e terras. Ele tirou a sandália e deu-a a Boaz, um costume que confirmava questões de redenção e troca. As testemunhas então abençoaram o casamento de Rute e Boa
LINHAGEM REAL (PARTE 8 DE 8)
Noemi foi abençoado por meio do casamento de Rute e Boaz quando eles tiveram seu primeiro filho e o primeiro neto de Noemi, Obede. A Bíblia faz questão de rastrear os heroicos descendentes de Rute. Rute, uma estrangeira total, se tornaria a bisavó do maior rei de Israel. Obede foi o pai de Jessé, que por sua vez foi o pai do Grande Rei Davi. Foi através da linhagem de Davi que o Messias veio.
Por meio de sua feroz lealdade, incrível determinação e serviço abnegado, que Rute não apenas proveu heroicamente para sua família, mas também se tornou um elo importante na genealogia do maior herói de todos na Bíblia: Jesus Cristo, o Filho de Deus.