Um livro que desafia a maneira como vivemos e nos relacionamos, a coragem de ser imperfeito de Brené Brown faz com que enxerguemos nossa vulnerabilidade de forma diferente nos motivando a aceitá-la e ousar ser quem realmente somos.
Não é um livro de coach com métodos e passos para seguir, é segundo a propria autora “A definição de uma vida plena. Viver plenamente quer dizer abraçar a vida a partir de um sentimento de amor-próprio”
Foram mais de doze anos de pesquisas para compreender a fundo o papel que a vulnerabilidade e a vergonha desempenha em nossas vidas. São 191 páginas dividida em sete capítulos com uma leitura fluida e de fácil compreensão.
escassez: o problema de nunca ser bom o bastante.
Brené nos mostra em seu livro que precisamos aceitar nossa vulnerabilidade mas vencer a vergonha para poder nos expor a vida e as expericiências que realmente queremos viver, esse modelo é o oposto do que nos ensinaram, fomos estimulados a enxerguar nossas vulnerabilidades como fraqueza, algo a ser escondido e com isso o sentimento que vem da comparação de nunca ser bom o bastante. Escassez é o primeiro capítulo do livro e ele por si só já nos faz enxergar a escassez como algo que foi sutilmente imposto pela cultura da escassez. Dia após dia está sendo vendido a imagem que não somos bons o bastante, nas redes sociais, na televisão e até nos outdor das estradas. Você não é uma boa mãe, boa amiga, boa esposa e vice e versa. Esse bombardeo é intencionalmente criado para fazer com você consuma cada vez mais motivado pela vengonha, comparação e a culpa de ser imperfeito.
vulnerabilidada não é fraqueza
Mascarámos nossos sentimentos por causa de um mito, começamos a enxergar nossos sentimentos como fraqueza. Em uma de suas pesquisas ela pediu para completar, a seguinte frase: ” A sensação de estar vulnerável é ____”, e a resposta que apareceu inúmeras vezes foi, estar nu. é como ficar nu no palco e esperar por aplausos em vez de deboches.
Vulnerabilidade é coragem de ser você de se expor e no final do dia dizer, não fui perfeito, mas fui suficiente. Mas atenção vulnerabilidade não é superexposição segunda a autora isso se baseia na reciprocidade e requer confiança e limite tem a ver com compartilhar nossos sentimentos e nossas experiências com pessoas que conquistaram o direito de conhecê-los.
teias e caixas.
Eu confesso que o capítulo três inteiro é muito bom, nós compreendemos o que é a vergonha e como combate-lá, já adianto que é com resiliência e muita empatia, já que a vergonha está ligadoa ao medo de perder. Mas na página cinquenta e oito ela enfatiza como Homens e mulheres vivenciam a vergonha de forma diferente. As mulheres e a teia da vergonha
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Em uma pesquisa de campo Brené constatou que na mulher a primeira área que sofre com a vergonha é nossa aparência, ainda temos vergonha de não ser magras, jovens ou bonitas o bstante. E em segundo lugar a Maternidade. veja um pouco o que a autora escreve sobre.
A maior dificuldade para as mulheres- que amplificam a vergonha independentemente da área de atuação- é que todos esperam que nós sejamos perfeita, e não nos é permitido nem sequer parecer que estamos trabalhando para isso. A perfeição tem que ser simplesmente materializada. E tudo parecer fácil e sem esforço. Espera-se que sejamos beldades naturais,mães natas, líderes natas e ainda precisamos pertencer a familias naturalmente encantadoras.
Caixa: como os homens vivencia a vergonha. Ao dar ínicio em sua pesquisa sobre vulnerabilidade e vergonha no universo masculino Brené teve um choque de realidade, vamos começar com uma frase que ela ouviu enquanto autografava seus livros.
preferem me ver morto a me verem fraquejar. Você diz que as mulheres querem nos ver vulneraveis e verdadeiros, mas, convenhamos, vocês não aguentam nem nos ver assim !
Basicamente os homens vivem sob a pressão de uma mensagem dura e impiedosa: não seja considerado um fraco. Quando foi pedido para que homens definissem a vergonha eis as resposta
- Vergonha é o fracaso, No trabalho. No campo de futebol. No casamento, Na cama. Com as finanças. com seus filhos. Não importa onde, vergonha é Fracasso.
- Vergonha é sensação de ser defeituoso.
- Revelar qualquer fraqueza é vergonhoso. Vergonha é fraqueza
Segundo Brené existe uma caixa imaginaria e os homens tem que ir se comprimindo para viver dentro dela, comprimindo suas vontades, emoções. segundo ela só existe três escolhas, passar a vida lutando para sair da caixa (que é onde a sociedade vai te colocar) dando socos nas laterais até ela quebrar. Ou acabar desistindo e deixando de se importar
criando filhos plenos: ousando ser o adulto que você quer que seus filhos sejam.
Se ainda faltava algo para você começar ler esse livro agora não falta mais. A forma como você vive a sua vida toma suas decisões influencia diretamente na vida do seu filho, como eles poderiam ser ousados se crescem com a referência de pais vencidos pela vergonha, como podem crescer e olharem para eles com amor-próprio e empatia se infelizmente nada nunca o que fazem é o bastante. A cultura da escassez está dentro de nossos lares e na educação de nossos filhos.
Criar filhos é um campo minado de vergonha e julgamento precisamente porque muitos pais têm dificuldade em lidar com a incerteza e a dúvida nessa área da vida.
Como pais temos a oportunidade de ajudar nossos filhos em quase todas as áreas da vida, criando filhos corajosos que venceram a vergonha o medo e a culpa. Como escreveu Joseph Chilton Pearce:
o que somos ensina mais uma criança do que o que dizemos, portanto precisamos ser o que queremos que nossos filhos se tornem.
Por fim A coragem de ser Imperfeita é um livro para homens, mulheres e adolescente. Já entrou na minha lista de leitura anual, caso você queira adquira o livro na Amazon Prime, mas não deixem de ouvir a autora em sua palestra no TED basta clicar aqui.
O HOMEM NA ARENA | THEODORE ROOSEVELT
Não é o crítico que importa; nem aquele que aponta onde foi que o homem tropeçou ou como o autor das façanhas poderia ter feito melhor.
O crédito pertence ao homem que está por inteiro na arena da vida, cujo rosto está manchado de poeira, suor e sangue; que luta bravamente. que erra, que decepciona, porque não há esforço sem erros e decepções; mas que, na verdade, se empenha em seus feitos; que conhece o entusiasmo, as grandes paixões; que se entrega a uma causa digna; que, na melhor das hipóteses, conhece no final o triunfo da grande conquista e que, na pior, se fracassar, ao menos fracassa ousando grandemente.