quinta-feira, novembro 21, 2024
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    Crescimento Espiritual

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    Há alguns meses, meus filhos quiseram fazer a experiência do grão de feijão no algodão, para observarem o seu crescimento. Estávamos em nosso sítio, que fica a alguns quilômetros de Belo Horizonte, e deixamos os potinhos com o algodão e o feijãozinho no balcão da área externa. Voltamos para a cidade no mesmo dia e, na correria, deixamos para trás os potinhos com as sementes.

    Os meninos ficaram tristes, então fizemos outros potinhos em casa. Eles monitoraram a umidade do algodão dia após dia, escolheram um local onde a luz do sol só batia pela manhã, tiraram fotos para observar o crescimento. Em uma semana já brotava vida daquela sementinha e logo havia um pezinho de feijão. Aquela semente foi cuidada, regada, alimentada e cresceu.

    No mês seguinte, quando retornamos ao sítio, as crianças foram direto aos potinhos que havíamos esquecido. Com tristeza elas constataram que a sementinha havia morrido. Perguntei a elas o motivo e disseram: motivo da morte “ela não foi cuidada”. Não foi regada, não foi alimentada, foi esquecida e assim, morreu.

    Da mesma forma acontece com a nossa vida espiritual. Para crescermos espiritualmente, precisamos de alimento, precisamos cuidar, cultivar e alimentar o solo das nossas almas com a Palavra de Deus. E não podemos fazer isso apenas uma vez por mês, mas todos os dias.

    Muitos dizem querer experimentar o extraordinário de Deus em suas vidas, ter uma vida abundante com Deus e usufruir do melhor dele nessa terra, mas não cuidam de executar os meios ordinários que Deus deu ao seu povo, para seu crescimento. Sem o solo adequado, a semente não germina, não se desenvolve, não cresce.

    O que tem acontecido é que muitas pessoas têm a ideia errada do que o crescimento espiritual abrange e acabam vivendo como em uma montanha russa: dias de solo úmido e dias de solo seca. O perigo é que o conceito errado de crescimento espiritual pode fazer com que você permaneça tanto tempo nos dias de solo seca e acabe morrendo, como o pezinho de feijão.

    Alguns dos maiores erros são aqueles em que o crescimento espiritual é medido pelo que se vê: prosperidade, vida tranquila, acúmulo de conhecimento, tempo de leitura da Bíblia, tempo de conversão e até a quantidade de atividades que se faz na igreja local.

    Não se mede crescimento espiritual pela prosperidade de alguém. Muitos acham que ter bens, posses e uma vida confortável é sinal de estar “mais perto de Deus”, trabalhando mais para Deus, sendo mais abençoado.
    Não acredite nisso.
    Em Tiago 1.9-10 diz que “o irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade, e o rico, na sua insignificância, porque ele passará como a flor da erva.” Aqui, o contexto é que as provações da vida contribuem para a maturidade cristã. Tiago mostra que aquele que tem poucas condições financeiras, deve se gloriar, pois tem a oportunidade de crescer espiritualmente, já que está mais sujeito às provações da vida. Sendo assim, o crescimento espiritual, não pode estar ligado à prosperidade.

    O crescimento espiritual também não está relacionado ao acúmulo de conhecimento, nem ao tempo de conversão. É possível uma pessoa ser cristã durante toda a vida e ainda permanecer um bebê espiritual. O conhecimento também não é garantia de maturidade cristã. Quantos ateus que já leram a Bíblia, conseguem recitar versículos e ainda assim não conhecem a Cristo?
    Se o conhecimento que adquirimos, não resultar em nossa conformidade a Cristo, ele será inútil. Conhecimento tem que gerar transformação.

    Da mesma forma, a quantidade de atividades que se faz na igreja local, não é sinal de crescimento espiritual. Quantas vezes eu já ouvi: “fulana quase mora na igreja, ela é uma cristã genuína”. Pensar que crentes maduros são aqueles que estão sempre ocupados é lenda urbana. Eu ouso falar que o incentivo ao ativismo religioso pode, inclusive, resultar em um obstáculo ao que é realmente vital e importante na vida do crente.

    Além da tendência de medir o crescimento espiritual pelo que vemos, medimos também de forma mística e até gnóstica. É como se pudéssemos, ao longo da caminhada Cristã, chegar mais perto de Deus, ou estarmos em uma posição mais elevada diante dele, por causa dos estudos, das obras, do serviço. Deus não nos ama mais à medida em que nos tornamos mais espirituais. Sabe aquela ideia de que o pastor é mais santo, que a oração dele tem mais poder? Pois é, não é assim que funciona. Como está escrito em Colossenses 2.10, “somos completos nele” e já recebemos “tudo o que diz respeito à vida e à piedade” (2Pe 1.3). Somos novas criaturas (2Co 5.17). Nada fará com que Deus nos ame mais ou nos ame menos. Já fomos posicionados onde deveríamos quando cremos em Cristo como Senhor e Salvador.

    Mas, então, como crescemos espiritualmente? Da mesma forma que a semente de feijão que foi cuidada – como contei lá no início.

    O profeta Isaías usa a imagem da chuva e da neve, que desce do céu, trazendo vida e possibilitando que as coisas cresçam. É a imagem de uma dádiva, de um presente vindo do alto, vindo do céu, algo que vem claramente de Deus.

    Isaías 55.10-11 (NVI)

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    Pr. Julio Bruno
    Pr. Julio Bruno
    PR Julio Francisco Bruno neto, hoje Pastor auxiliar na comunidade visão em Cristo. Nascido na Bahia, cidade de Valença no ano de 09/12/1972 Filho de Antônio Garcia Bruno e Zélia oliveira dos Santos. Casado com benaildes dos santos Bruno há 32 anos pai (5) filhos sendo Karla, waleria, Gabriel, alef e Marjory. Diretor de uma Cooperativa de prestação de serviços gerais e também no ramos imobiliário. PASTOR há 29 anos...
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